Sua marca é nazista? Sua empresa é racista? Sua companhia defende a homofobia, faz apologia ao uso de drogas, é a favor do trabalho escravo e luta para impedir que refugiados prosperem no Brasil?
Não? Sua empresa não faz nada disso?
Bem, pouco importam seus bons princípios e propósitos caso você se alie a um comunicador, a um podcast, a um programa de tv ou de YouTube que defenda algum desses absurdos. O apresentador fala uma bobagem, ou revela – com ou sem a desculpa de estar “alcoolizado” – uma opinião boçal e atrasada séculos no tempo, e sua marca acaba afundando junto.
Um excelente exemplo é o caso do Flow Podcast, que agitou o país na semana passada. Durante uma entrevista com os deputados Kim Kataguiri (DEM-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP), o apresentador Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, disse a seguinte frase: “se o cara quiser ser antijudeu, eu acho que ele deveria ter o direito de ser.”
Por óbvio, a declaração repercutiu muitíssimo mal e resultou na perda de diversos patrocinadores do programa. Até o principal telejornal brasileiro deu destaque ao assunto. Clique aqui para ver a reportagem exibida no Jornal Nacional, da Rede Globo.
O que é o Flow Podcast?
Se você chegou neste mundo agora, e não conhece o Flow, vai se surpreender com a popularidade do programa. O canal do Flow no YouTube contabiliza mais de 3,6 milhões de inscritos e aproximadamente 15,3 milhões de visualizações nos vídeos. Já nas plataformas de áudio, o Flow teve 20 milhões de streamings somente nos últimos 30 dias. Ou seja, 20 milhões de vezes em que alguém apertou o play e escutou um conteúdo.
No polêmico episódio #545, durante a conversa com os deputados, Monark decidiu fazer uma apologia ao nazismo, afirmando que o Brasil deveria ter um partido nazista reconhecido por lei. A fala surgiu durante uma discussão sobre o tema “liberdade de expressão”.
Depois que o vídeo foi ao ar, não demorou muito para que as críticas chovessem na internet. Consequentemente, as marcas patrocinadoras foram aos poucos deixando o programa.
Deixar de patrocinar o programa muda pouco!
Uma famosa marca de artigos esportivos constava do press kit do Flow (material de divulgação para venda de espaço publicitário) até hoje, mesmo garantindo que fez apenas um patrocínio pontual no passado e que o logo não deveria mais estar sendo divulgado pelos podcasters.
Nesta semana, a empresa foi fortemente cobrada nas redes sociais por ter patrocinado o Flow. E isso deu origem a inúmeras reportagens nos principais portais do país. A consequência é que a marca ficará conectada para sempre ao podcast acusado de apologia ao nazismo.
Pense em um consumidor que está por fora do assunto e vai ao Google pesquisar por um tênis ou um agasalho dessa empresa. Agora, as primeiras notícias e os links principais tratam exclusivamente do caso patrocinador/Flow/nazismo. Grudou. Colou. Não tem jeito.
Não é como anos atrás em que o jornal de hoje virava papel de embrulho de peixe amanhã. A internet não esquece de nada. Esse suposto consumidor vai ver as notícias e pensar “nossa, não posso comprar de quem patrocina comunicadores que adotam discursos a favor do nazismo. Vou comprar de outra marca!”
Por tudo isso, as empresas precisam ter mais critério quando escolhem um programa para patrocinar. E a melhor forma de fazer isso é contratando uma assessoria de imprensa.
Continue lendo para entender mais sobre o tema e clique aqui para conversar comigo caso tenha qualquer dúvida.
Como evitar que sua marca passe por uma situação parecida com a do Flow Podcast??
Ao contrário do que parece, essa não foi a primeira vez que o Flow podcast acabou sendo alvo de críticas. Entre outras “pérolas”, em 2021, o mesmo Monark causou controvérsia ao questionar se ter uma opinião racista seria crime.
Logo após o acontecimento, o iFood deixou de patrocinar o Flow Podcast. Contudo, o nome da marca continuou fazendo parte do press kit até o episódio “nazista”.
As marcas não podem ser permissivas quando decidem se tornar parceiras de um programa, principalmente quando este é apresentado por youtubers sem nenhuma formação jornalística. Antes de qualquer decisão, é importantíssimo dar muita atenção ao que os apresentadores falam ou divulgam. Será que altos números de links, de views e de engajamento são mais importantes do que PRESERVAR A BOA REPUTAÇÃO? Claro que não!
Saiba como a assessoria de imprensa pode te ajudar!
Mesmo com os muitos absurdos ditos ao longo da história do Flow, foi necessário chegar ao cúmulo de defender o antissemitismo para que as marcas percebessem o que o podcast andava divulgando.
A situação que as marcas passaram com o Flow Podcast poderia ter sido facilmente evitada se essas empresas contassem com a orientação de uma boa agência de comunicação, séria e comprometida com a imagem das companhias antes de fechar qualquer contrato.
Um dos meus objetivos, como profissional de relações públicas, é atuar como uma boa conselheira em qualquer situação. Antes de você definir o programa que irá patrocinar, vou avaliar o perfil dos comunicadores, os discursos recorrentes, o público-alvo e os riscos para o seu negócio.
O Flow Podcast teve vários casos de mau uso – ou melhor, de abuso – da liberdade de expressão. Nós, da Agile Comunicação, jamais permitiríamos que a sua marca patrocinasse esse programa ou similares.
A comunicação não está aí para ser usada de forma leviana, sob o pretexto do direito de liberdade de expressão. Ela tem que se voltar para fins mais elevados, de forma que a sociedade se beneficie positivamente!
Como escolher o programa correto para patrocinar?
A marca deve estar sempre com os olhos abertos. É comum que as empresas se encantem com o “canto da sereia” e depois acabem em maus lençóis. Mas você só consegue preservar o bom nome da sua companhia quando toma cuidado a cada passo dado.
A minha maior dica é focar na imagem da marca. Ela é muito mais importante do que milhões de inscritos em um canal ou que milhões de visualizações.
Lembre-se sempre: O prejuízo, às vezes, pode ser irreversível. Então, aqui estão algumas dicas para escolher bem a sua parceria:
– Pesquise o programa a fundo, assim como seus apresentadores, sua ideologia e as ideias que defendem;
– Antes de pensar em patrocinar, assista a vários episódios do programa e entenda se o provável parceiro se envolve frequentemente em polêmicas;
– Contrate uma assessoria de imprensa experiente para avaliar e orientar a sua decisão.
Tenha cláusulas para romper contrato sem multa
Um fator muito importante e que deve ser levado em consideração quando você fecha uma parceria é uma cláusula para o rompimento do contrato. É possível prever uma quebra de relação comercial sem multa, para os casos em que o comunicador fala algo inadequado que acabe prejudicando a reputação da sua marca.
Porém, lembre-se: evitar o prejuízo financeiro é fundamental, mas está longe de ser o mais importante. O que tem valor mesmo é manter a sua marca intacta, ilibada, à prova de conflitos desnecessários. Porque depois que a bobagem foi dita, você pode até interromper a parceria e deixar de pagar o patrocínio, mas seu nome já estará comprometido de forma negativa junto ao público consumidor. Ou, nos piores casos, como o relatado aqui, será associado para sempre aos fatos mais terríveis da história.
Ainda não tem ninguém cuidando disso para sua empresa? Ficaremos felizes em te aconselhar! Venha conversar conosco para saber mais ou tirar qualquer dúvida.
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